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Bulgari na taça.

A família que criou a marca de joias agora dedica-se aos vinhos. Por Mauro Marcelo Alves. Fotos Pange a e Fernando Guerra.

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BULGARI NA TAÇA

A família que criou a marca de joias agora dedica-se aos vinhos
Uma das atividades mais charmosas do mundo é, sem dúvida, fazer vinho. Junta-se natureza, colheita, fermentação, a lenta expectativa pela maturação nas barricas de madeira e o líquido resultante vai alegrar as reuniões entre os amigos, aumentar o prazer à mesa e, certamente causar uma enorme alegria a quem o engarrafou.
É comum celebridades do cinema e empresários famosos por suas marcas de renome mundial voltarem-se para o vinho como investimento e deleite. Cavalli, Ferragamo, os atores Gerard Depardieu, Brad Pitt e Angelina Jolie têm vinhedos e colocam a mística de seus nomes em rótulos ou promovem produtos em associação com vinhateiros. Para ter uma ideia da força que esses nomes agregam, basta lembrar que em março ú́ltimo as 6 mil garrafas do vinho Miraval Roseé 2012, francês da Provence e ecologicamente correto (agricultura biodinâ̂mica), lançado pelo casal Brad e Angelina se esgotaram em apenas cinco horas em compras pelo site miravalprovence.com.
Quem tem chamado muito a atenção do mundo vinícola, atualmente, é Paolo e seu filho Giovanni. Sobrenome? Bulgari. Sinônimo de luxo, com suas joias, perfumes e relógios, a marca Bulgari saiu das mãos da família ao ser comprada pelo poderoso grupo francês LVHM por 250 milhões de euros, no ano passado.
E as atenções de pai e filho estão voltadas agora para seus vinhos, elaborados em terras esplendorosas da Toscana. Sua empresa, Podernuovo, em Palazzone, a 100 quilômetros de distância de Siena, compreende 22 hectares de vinhedos cultivados com as uvas Sangiovese, Montepulciano, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot e Petit Verdot.
Os treês primeiros vinhos lançados em bela festa no Teatro Ristori, no centro de Verona, todos com Indicazione Geografica Tipica Toscana e da safra 2009 são: Therra, blend de Sangiovese, Cabernet Sauvignon, Merlot e Montepulciano; Argirio, feito 100% com Cabernet Franc, e Sotirio, inteiramente elaborado com a uva toscana por excelência, a Sangiovese. Para transformar o desejo em realidade com qualidade, Giovanni Bulgari, o real administrador da azienda, convocou Riccardo Cotarella, um dos melhores enólogos da Itália, descrito por muitos como um gênio dos vinhos.
Giovanni revela que havia pelo menos oito anos pensava em largar os trabalhos na Bulgari e tinha certa fixação pela agricultura − mas sempre aquela que lhe proporcionasse o vinho. Adora andar entre as videiras, sentir os cachos pequenos se transformando em uvas maduras e acompanhar todos os procedimentos na adega, quando os vinhos ganham a personalidade que espera. Para isso, diz, usa o mesmo rigor estilístico tradicional da família. “Eu desejo vinhos elegantes que respeitem a diversidade de seu caráter, com harmonia e respeito ao solo“, costuma dizer. Sua produção inicial foi de 60 mil garrafas e não quer passar muito disso, para assegurar a qualidade que, imagina, será crescente, independentemente de ter o famoso nome acoplado aos rótulos. Aliaás, a menção a pai e filho é́ discreta, por vontade deles.
Os crí́ticos italianos receberam bem o Therra, o Argirio e o Sotirio, indicando naturalmente que sã̃o vinhos ainda jovens, já́ que a propriedade em Palazzone estava em ruí́nas quando foi comprada, em 2004, e os vinhedos foram plantados. Giovanni sabe que terá́ de esperar mais alguns anos para que os pé́s de uvas tenham todo o desenvolvimento necessá́rio à̀ produção de vinhos de guarda, aqueles que normalmente sã̃o descritos como joias pelos mais exigentes degustadores. Com 37 anos de idade, pode esperar isso acontecer. E de assuntos como esse ele entende.

 

BULGARI IN GLASSES

The family that created the brand name jewelry is now dedicated to producing wine
One of the most charming activities in the world is undoubtedly wine making. It brings together nature, the harvest, fermentation and the slow expectation from maturation in the wooden barrels and the resulting liquid brightens meetings between friends, increases the pleasure at the table and certainly cause tremendous joy to those who bottled it.
It is common for movie celebrities and businessmen, famous for their world- renowned brands, to turn to wine as an investment and delight. Cavalli, Ferragamo, the actors Gerard Depardieu, Brad Pitt and Angelina Jolie have vineyards and have put the mystique of their names on labels or have promoted products in association with winemakers. To get an idea of the impact that these names have, you just have to remember that last March the 6,000 bottles of French Miraval Rosé 2012, from Provence and environmentally friendly (biodynamic farming) launched by the couple Brad and Angelina, sold out in just five hours, purchased through the site miravalprovence.com.
The person who has attracted a great deal of attention in the wine world recently, is Paolo and his son Giovanni. Surname? Bulgari. Synonymous with luxury, for their jewelry, perfumes and watches, the Bulgari brand left the family hands when is was purchased by the powerful French group LVMH for 250 million euros last year.
And the father and son’s attention is now focused on their wines, produced in the splendid lands in Tuscany. The company Podernuovo, located in Palazzone, 100 kilometers from Siena, comprises 22 hectares of vineyards planted with Sangiovese, Montepulciano, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot and Petit Verdot grapes.
The first three wines launched during a lavish party at Teatro Ristori, in the center of Verona, all with the typical Toscana Geographical Indication and from the 2009 crop are: Therra, a blend of Sangiovese, Cabernet Sauvignon, Merlot and Montepulciano; Argirio, made with 100% Cabernet Franc and Sotirio, produced entirely from the quintessential Tuscan grape, the Sangiovese. To transform the desire into reality with quality, Giovanni Bulgari, the real administrator of the azienda, contracted one of the best winemakers in Italy, Riccardo Cotarella, described by many as a genius of wines.
Giovanni reveals that for at least eight years he had been thinking about leaving work at Bulgari and had a certain fixation for agriculture – but always one that would produce wine for him. He loves to walk among the vines, feel the small bunches transforming into ripe grapes and accompany all the procedures in the wine cellar, where wines gain the personality that awaits them. For this, he says, he uses the same stylistic rigor that is traditional within the family. “I want elegant wines that respect the diversity of their character, with harmony and respect for the soil,“ he says. His initial production was 60 thousand bottles and he does not want to go much beyond this, in order to ensure the quality, which, he imagines, will improve, regardless of having the famous name attached to the labels. Incidentally, the mention of father and son is discrete, at their request.
The wines, Therra, Argirio and Sotirio were well received by the Italian critics, indicating naturally, that the wines are still young, since the property in Palazzone was in ruins when it was purchased in 2004, when the vineyards were planted. Giovanni knows that he will have to wait a few more years before the vineyards have developed sufficiently to produce top quality wines; those that are usually described as jewels by discerning tasters. Aged 37, he can wait for this to happen. And it is matters like these that he understands.

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